segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Torres de Marfim

Toda esta tristeza que se vê, não só em Portugal como na totalidade dos países chamados desenvolvidos, em relação à Banca, até pode ter um aspecto positivo.
Pode ser que assim se deixe de entrar nos Bancos como se fossem umas torres de marfim, tal castelos no ar, seguros e imunes a qualquer calamidade, que é o que fazemos todos, esquecendo que aquilo é gerido por pessoas como nós, sujeitas a todas as tentações e fraquezas de qualquer simples mortal.
Pode ser que assim comecemos a conhecer melhor estas personagens bem falantes, bem vestidas, com grandes cursos, tirados alguns sabe-se lá como, como é do conhecimento de todos, de mão no peito a rezar aos domingos, quando na realidade não passam de simples criminosos sem qualquer horizonte que não seja a ganância e o poder. Que não têm pudor em tirar, roubar, aos pobres o que irá ser utilizado para seu belo deleite, transformado em luxo e superficialidades. Não se importando que a sociedade em que vivem tenha no seu seio pessoas que trabalham duro e honestamente e não tenham, a maior parte delas, meios para comprar livros escolares para os filhos ou aceder a um serviço de qualidade quando está doente ou necessite de protecção, contribuindo assim para a revolta e para a marginalidade emergentes deste tipo de situações. Como grandes senhores, colocando-se logo na primeira fila para apontar o dedo e tudo fazer para que sejam colocados no sitio onde eles próprios deveriam estar. NA PRISÃO.
E já não era mau. Digo eu…..

2 comentários:

anamaria disse...

É espantoso como a maior parte das pessoas se verga ao dinheiro, torres de marfim ou catedrais em que entramos tímidos como serviçais como se envergonhados de não termos uma($) grande($) conta bancária. Todos os que trabalhamos honestamente somos quem sustenta todos esses vícios. Devíamos todos nós, sim, entrar ou nem precisar sequer de entrar, mas sempre de cara lavada e cabeça erguida, apenas tristes por não existir, uma sociedade mais justa.

Anônimo disse...
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