Quem não se lembra (os da minha geração, claro), a seguir ao 25 de Abril, da frase por todos os lados pintada nas paredes, por esse País fora, em que se lia: "OS RICOS QUE PAGUEM A CRISE"? Mas isso era no tempo da "escumalha de esquerda", do PREC (Processo Revolucionario Em Curso) e outros utopicos da altura que, segundo os capitalistas de então, não passavam de uns sonhadores sem qualquer conhecimento sobre como construir um País em Democracia (1).
Então, temos agora, que o capitalismo mostrou o que representa, os representantes do dito, pagos a peso de ouro, a dizer: nacionalizem os bancos. Já!
Quem havia de dizer? Passados tantos anos, agora são os ricos a dizer: OS POBRES QUE PAGUEM A CRISE.Quando estiver resolvida, nós voltamos para mais um saque.
Até um dia, digo eu...
(1) - A Democracia é perversa, como sabemos.Permite,por exemplo, que, em 2002 de má memoria, um partido como o PP, com 8,75 % dos votos, coligado com o PSD com 40,12 %, governem sobre todos os outros cidadãos eleitores e Partidos de Portugal que, juntos eram 40,13%. E temos, então, 40,13% debaixo da vontade de 8,75% (o PP tinha, na altura, o Ministro da segurança Social e do Trabalho (Bagão Felix), a Ministra da Justiça (Celeste Cardona) e o Ministro de Estado e da Defesa Nacional (Paulo Portas). Se isto não é perverso....
Um comentário:
a democracia pode ser perversa sim, mas a maior perversidade está nas pessoas. Nem tanto nos muito bons, ou nos muito maus, nos pobres ou ricos, nos letrados ou nos analfabetos. Está sobretudo nos lenientes, nos que não tomam posições, nos que agem como se donos do seu pequeno mundo, sem se importar com a implicação inevitável dos seus actos-
Cada um de nós na nossa vida, à nossa escala de humildade pode e deve ser a diferença. As gotas de água que fazem o rio, os grãos de areia dum deserto. ´´é importante que cada um seja ao menos responsável pela sua gota de água, talvez assim mudem um dia as marés
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